"Lembro com muito gosto o modo como ela se referia a ele. Pelo menos ela o fez uma vez e isso ficou marcado muito fundo, dizendo: Caetano, venha ver o preto que você gosta. Isso de dizer o preto, sorrindo ternamente como ela o fazia, o fez, tinha, teve, tem, um sabor esquisito, que intensificava o encanto da arte e da personalidade do moço no vídeo.
Era como isso se somasse àquilo que eu via e ouvia, uma outra graça, ou como se a confirmação da realidade daquela pessoa, dando-se assim na forma de uma bênção, adensasse sua beleza.
Eu sentia a alegria por Gil existir, por ele ser preto, por ele ser ele, e por minha mãe saudar tudo isso de forma tão direta e tão transcendente. Era evidentemente um grande acontecimento a aparição dessa pessoa, e minha mãe festejava comigo a descoberta." (Caetano Veloso)
"...sem correr/ bem devegar a felicidade voltou pra mim/
ResponderExcluirsem perceber, sem suspeitar, o meu coração deixou você surgir/ e como despertar depois de um sonho mau/ eu vi o amor sorrindo em seu olhar/ e a beleza da ternura de sentir você/ chegou sem correr bem devagar..."
Caetano Veloso
queria eu assim, nunca ficar ruim, nunca ficar velho.
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