sábado, 27 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sol jorrante


Quando o sol bater na crista da água,

E tudo não puder mais voltar atrás,

Você saberá que a fonte da sabedoria da vida,

Está escondida no fundo da existência de ser do ser.

Quando o sol jorrar na beira do mar,

Se concentre na trama de abrir os olhos,

Apalpe o processo da vida, e viva!

Com uma vontade louca de ver quem se ama.

Quando o sol bater na porta da tua casa, abra!

Pois tudo isso, não voltará,

Restará apenas uma vontade boa de viver de novo,

O que não deve ser atendido, apenas vivido,

E se um dia, por acaso, se deparar com a possibilidade da trilha retroceder,

Não aproveite!

Pois tudo passa à sua volta enquanto pensas,

Só que dessa vez, nem vontade boa quedou,

Apenas a vontade de prestar atenção,

Naquilo que agora não é mais aquilo,

Que se transformou, cresceu, evaporou e você nem viu,

Viu, perdeu!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Precisamos de um novo, e talvez mais místico,
conceito do que sejam os animais. Removido da
natureza e vivendo artificialmente, o homem
civilizado observa os seres ao seu redor com as lentes
de seu conhecimento adquirido e enxerga, como
conseqüência, uma imagem absolutamente distorcida
da realidade. Geralmente os tratamos como inferiores
em razão de sua suposta incompletude e os
menosprezamos pelos seus destinos trágicos de terem
tomado uma forma tão diferente da nossa. E assim
erramos, e erramos profundamente. Os animais não
devem ser medidos em função do homem. Em outros
tempos, num mundo mais antigo e rico que o nosso,
eles já se locomoviam livremente realizados com
plenitude. Dotados de sentidos mais extensos, que
perdemos ou que jamais possuiremos, guiados por
vozes que nunca escutaremos. Não são irmãos, não
são lacaios, fazem parte de outras nações, presos
conosco na rede da vida e do tempo, companheiros
de cela do esplendor e das agruras da Terra.
(Henry Beston)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Da Ânsia de Ter Tudo

Que agora eu me conforme em ter cada pequeno pedaço

E desta aceitação venha talvez, quem sabe, a sabedoria de admirar-los

De sentir seu universo, sua completude, sua infinidade

E que a cada momento seja somente um momento

Sem esperar nada em troca, nada melhor, nada mais fantástico

Porque cada nota precisa ser tocada, não por ser essencial à música, mas por ser a única coisa possível no presente instante.

Sem mais.