sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A Babilônia (Matrix, Máquina, Sistema, Império ou qualquer nome que se queira dar) não pode ser reconhecida fora de nós mesmos: não é a imensidão das megalópolis, não é o Estado e não são as grandes empresas.
Trata-se da cultura que alimenta estes elementos citados acima.
É o sentimento que nos faz acreditar que "lá em cima" seríamos mais felizes. Dentro daquele lindo carro seríamos mais felizes. Donos daquele gordo salário a vida seria mais interessante.
É uma doce, mas devastadora ilusão.
A Babilônia é o laço que escraviza tanto patrões, quanto empregados, tanto exploradores, quanto explorados.

Dentro da Babilônia, todos são peças. O máximo que se consegue ser é uma peça "bem posicionada" na máquina (uma peça bem sucedida).
Mas peça é peça, não é pessoa, não é ser, não é vida livre.

A Babilônia cai no instante que deixamos de reproduzi-la. Derrubamos a Babilônia quando oferecemos a outra face a quem só espere revide. Saímos da Babilônia no instante em que percebemos que ser vencedor é continuar no jogo. Paremos de jogar e o jogo acaba.

Rafael Figueiredo, janeiro de 2014

Um comentário:

  1. Que verdade linda Rafa,

    é, nos mantermos condicionados ao que você chama Babilônia, esse sistema perverso, inescrupuloso, que tira até o ultimo sopro de vida pra deshumanizar o outro!

    Excelente. Daí de onde você está nós agradecemos essa linda vista/visão do mundo!

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