segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Conforto


Desde os primórdios da existência humana, em épocas remotas quando o homo sapiens ainda era um animal conduzido por suas inquietações mais rústicas, um extinto dominante conduzia os estímulos que regiam as relações inter seres: o conforto.

Atualmente, esse cenário se repete e o homem civilizado ainda deixa seus estímulos serem levados pela nobre sensação de conforto, só que agora, com o acréscimo de uma enormidade de conceitos e futilidades culturais peculiares à complexidade do homem moderno, adquiridas no trajeto em direção ao mundo civilizado.

Não podemos, contudo, negar que independentemente das babozeiras do homem civilizado, o fator conforto ainda desempenha papel predominante sobre o vai vem das nossas vontades.

O poder que o conforto exerce sobre as relações, é facilmente verificada, por exemplo, na relação entre a mãe e o seu rebento. Seu início se dá no âmago da vida intra-uterina, lá, podemos facilmente viver sem gastar uma energiazinha sequer, logo em seguida, após o descobrimento, nos deparamos desde cedo com as mordomias da maternidade e pouco a pouco as demonstrações de carinhos vão nos cativando.

Isso se repete praticamente em todas as relações afetuosas. Nas relações profissioais, de afinidade, de amizade, de amor, etc., em verdade, sempre buscamos nos aproximar de alguém, justamente porque, de alguma maneira essa pessoa nos transmite uma sensação de conforto ou estabilidade.

Assim, para cada tipo de relação afetuosa que nos desperta uma sensação de conforto, provocamos e requisitamos, numa relação mutualística, gestos de conforto diferenciados. De um pai se busca um abraço; de um namorado se busca um beijo; de um colega se busca estabilidade (não necessariamente nessa mesma ordem) porém, nossa noção de conforto se aguça indistintamente a depender do tipo de relação que cultuamos dentro da nossa realidade social.

A importância de tudo isso, é compreender precisamente a função e o poder que o conforto exerce sobre as nossas vontades, atos e gestos do dia-a-dia, para que assim possamos compreender o que nos leva a ser tão interesseiros.

Um comentário: