quarta-feira, 25 de julho de 2012


Eu não sou amante de demonstrações públicas de afeto, Mesmo assim eu preciso te dizer essas meia verdades, Só tenho metade da verdade pra te oferecer, vez que não bebi  da sabedoria do mundo.Não gosto das pessoas ao seu entorno, não aguento mais ouvir falarem mal de vc, ou falarem que falaram mal de vc, não aguento mais vc em más companhias (sim, elas existem), não aguento vc perto de quem não te ama. Todo o foco na sua vida é o outro, sim, isso poderia ser nobre mas é degradante...  Não ver o outro arcar com suas consequências, ver você se desesperar, vc chamar de amiga ou de amor já chega a me dar ojeriza...todo o respeito se dissolveu, passo por sérias crises de consciência e vc enxerga tudo ao seu entorno, menos a mim. É como se o amor que eu te dedico crescesse e minorasse. É como se todo o meu querer bem estivesse por se esvair. Eu te amo, te quero bem, mas eu não concordo com nenhum passo ou escolha sua. Nem devo, não sou tua voz de consciência. Então eu apelo, seja ao bom senso, a força ou antipatia, mas vc me olha e não me vê... Da mesma forma sutil que te abordei antes, novamente me apresento. Te peço desculpa, não concordo com as suas escolhas, deve ser culpa da ojeriza. Dorme, divaga e pensa, só não esquece de acordar!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Soneto do amigo


"Enfim, depois de tanto erro passado 
Tantas retaliações, tanto perigo 
Eis que ressurge noutro o velho amigo 
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado 
Com olhos que contêm o olhar antigo 
Sempre comigo um pouco atribulado 
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano 
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica..."

Vinicius de Moraes

Feliz dia do amigo, queridos. 

terça-feira, 17 de julho de 2012



Roubaram o brio
daquele que de longe se destaca
seja pela passada suave,
seja pelo sorriso marcante..

Eu só sei que aquele que dantes navegava
meio só na minha estrada
hoje flutua sem destino
em meio a um mar de turbilhão...

Ah, como sinto falta
seja da aurora querida,
ou do pedaço de brisa
que vinha do seu falar...

Aquele homem, que tal como o seu som
de um forte agudo marcou,
fez desta lembraça
se assemelhar a morte, tamanho o seu pesar!

E hoje
que eu tanto procuro...
sentir seu cheiro meu heroi
vejo quão impossivel te esquecer!


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Eu me perdi..
não sei em que canto..
só sei que não me acho..
transpareço no espelho
perdi um pouco de consistência,
não sei mais o que faço.

Que me achar, me avisa...
eu preciso de mim as vezes...
O sobre e o desce precisam de mim,
a rotina precisa de mim.

Meus pedaços devem estar colados corretamente
Remendos não,
vamos fazer que nem as paredes da sala, quando resolvemos
radicalmente mudar de cor..

Lixe-me com paciência, elimine a superficie irregular,
uma bela mão de tinta vai resolver...
a aparência do novo não é futilidade
refresca o ambiente, muda as energias.

Enfim,
tudo isso é uma bobagem,
não me busque, se nem eu me acho
ninguem há de me resgatar!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Amor às pernas!

Hoje eu amei!
Amei minhas pernas!
Num súbito mal entendido da mente,
Refleti sobre a invenção da tal natureza,
O "insite" de um estalo...revelou,
Rompeu minha realidade banal,
Amei minhas pernas e sorri!
Agradecido da vida,
Sorri e segui ágil,
Grato por ter energias suficientes,
Como tarefa: ajudar incansavelmente meus irmãos!



quinta-feira, 5 de julho de 2012

Para onde irá essa noite?


Te quero forte,
Na vontade da noite,
Agulha que aponta o norte,
Âncora que destelha,
Destroça a peça, prega o trote,
Dá de ombros...teima.
Te quero ver inteira,
Despedaçada...inteira,
Plena sem constelação,
Te toco o corpo,
Feito pó que alimenta,
Da poeira ao pão.
Te quero sólida,
Diamante de rocha,
Equilibra-te na composição.
Não me venhas com choro ou vela,
Te amo toda...e assim te quero,
Cheia de manias e convicção.

terça-feira, 3 de julho de 2012




Final Feliz(ou quando deixamos de ser meros coadjuvantes)

Rio calado.
Do que? Não sei.
Deixo acontecer.

No fim do ato, improviso
Grito, incito, provoco
Deixo você ser

Mágico, músico, bruxo
Em cada canto e cena
Deixo a deixa, o mote
A pausa, a fala o tom

Desafio o mundo
Reinvento a roda
Desconstruo moda
E nada disso cola...

Fim. :)

segunda-feira, 2 de julho de 2012



“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.” 


(Clarice Lispector)