Só eu e o chá quente,
a gripe remediável,
o desejo morno
e o horizonte pleno.
Faz tempos que não me sento assim
acendo o incenso,
esquento a água,
aqueço o coração.
Sem julgamentos,
sem pausas, sem continuações, sem detalhes, sem pedidos, sem defeitos.
Só.
Apenas.
Neste instante. Após sofridos momentos de aflição.
Essa minha quimera, deseja ser o outro, tomar-lhe o tempo,
tornar-me ele. Sem viver o fato, o ato, a cena.
Sem dramatizar, sofrer, chorar, sem sentir pena.
Apenas beber do mel de quem me salta a vista.
Adiante, ante aquela colina, encontro-me, eu!
Desencontrada, dizendo-me agouros.
Pxii, huuuuum, aaaaaaaahhhhhh!
Huuuuum, aaah, pxiuuuuuuuuuuuu.
Acalma-te alma pequena,
sereneia, assussega, não se apequenta.
Só lhe resta o hoje,
e um medo imenso, paralisante, paralelo a tua coragem!
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eita medo da zorra! e coragem...muita coragem!
ResponderExcluirMuito lindo, Anetinha. Sereneia e assussega... Como muitas vezes no Cosmos, parece que foi escrito por/para mim. Um beijo grande!
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