Num desses dias em que não se via uma partezinha de céu azul, justamente nesse dia, em que já tinha decidido com certeza ficar em casa, justamente nesse dia...o controle remoto da televisão resolveu quebrar.
- Pútaquep...
Já tinha me programado todo. Ia ficar em casa o dia inteiro.
Como poderia tal fato tão micro-extraordinário mexer tanto com a vida de uma pessoa?
Me aprumei e fui em busca de assistência, só que dessa vez Jade nem pôde ouvir o tintinlhar das chaves, pois a única zuada que se ouvia eram as fortes pancadas da chuva na terra.
***
Em lá chegando, de pronto e meio mal humoradamente, joguei o problema sob a bancada emborrachada.
O cidadão, num simples toque, quase que como num passe de mágicas, com sua varinha de condão...tsizzz!
- Pronto, trinta conto – se expressou o “brother”, meio mal humoradamente, porém com um resquício de sarcasmo no final.
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Apesar dos pesares fui embora feliz. Apesar dos pesares resolvi meu problema e foi realmente impressionante como um simples toque tão micro-extraordinário pode interferir na vida de uma pessoa.
No fundo me senti meio burro, meio otário, perto daquele cara. Mas fazer o quê né? É o que chamamos de conhecimento específico. O velho conhecimento específico. O mesmo conhecimento que se recebe no ensino superior, o mesmo que se fingi receber no ensino superior, que na verdade nem é tão específico assim, pelo menos não quanto aparenta ser.
Refletindo...a impressão que tive é que as coisas sempre são mais fáceis do que parecem ser, ou sempre mais fáceis do que mostramos ser.
Por que se assim não for ou todos somos subutilizados em nossos trabalhos, ou sempre demonstramos que nossos trabalhos, digo, nosso conhecimento específico é mais difícil do que realmente é.
Eba!!!
ResponderExcluirAtenção...
Bom texto, Cotra!
"O mundo é uma grande farsa". Tem um quê de libertadora essa sentenca, né? curioso.
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