Caros amigos,
Eu preciso lhes contar
Ando sofrendo de uma doença deveras grave
E esta afeta em cheio o meu coração...
Há nela momentos de profundo torpor
E lágrimas doces que me escorrem a face
Há nela também momentos de profunda ansiedade
Assim então ataca-me as tripas
Suspende-me o ar!
Neste leito em que me encontro
Sinto a brisa leve preparada para os que anseiam repousar.
Sinto dizer,
Mas sofro de vida
Ela é tão intensa,
Ela anda me queimando o peito
Quando dou por mim já incendiei
Ela, esta ingrata enfermidade
Anda se espalhando e são estrondosos os reflexos que ela imprime em mim
É uma vida sólida e pueril
Espantosamente viril,
Ela acorda-me juto com o sol, parece que durmo com galos
Nos momentos que me gelam a face,
(São os que eu mais temo)
há uma necessidade do pleno que me faz sagaz
E então respiro quando não encontro saída
Minha doença não nasceu sozinha
Ela nasceu de hábitos, hábitos consolidados
Vícios construtores de valores
Grandes rituais de pequenos momentos
Ora, tanta gentileza!
Havia de ter um efeito colateral.
Escrevo no leito em que me encontro, afinal
Quem sabe na morte o que se encontrará...
Sendo assim, remeto-lhes meus mais sinceros préstimos,
Saudações educadíssimas,
Imprimo nestas paginas o vírus que me infectou!
Que lindo!
ResponderExcluirUau!!
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