quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Soneto para as estrelas
Hei de baixar um decreto,
maldizendo aquele que não observa as estrelas,
Hei de por um ponto de continuação
a fim de separar as orações relatoras dos meus sentimentos.
Hei de espalhar uns versos
despretenciosos e bem preguiçosos
pra pedir aos homens calma,
lhes farei ver o entardecer.
Hoje, em minha janela pintei umas nuvens
pra que, acaso eu me esquecesse do valor do sol,
pudesse ele ressurgir dali.
E caída a noite sem estrela alguma
eu ainda sentisse por uma brisa "passeadora"
que o que aquece a alma está logo ali.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Ai, Clarice
domingo, 27 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
BICICLETADA SALVADOR - MASSA CRÍTICA - NOVEMBRO 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
DEUS SEGUNDO SPINOZA
“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... é aí que estou!!!!!!!!!!
terça-feira, 22 de novembro de 2011
"O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz
Só de encontrar..."
"Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Bruno Medina não tocam ao vivo desde 2010, quando fizeram uma curta turnê pelo Nordeste do país e no festival SWU. Em 2009, a banda se reuniu para abrir os shows do Radiohead no Brasil, após ter anunciado seu fim, em 2007.
O tecladista Bruno Medina adiantou que, entre os meses de abril e maio de 2012, oito cidades brasileiras vão receber a turnê que comemora o 15º aniversário de formação do grupo. “É com enorme satisfação, um certo frio na barriga e a expectativa de despertar alguns sorrisos no Brasil afora que anuncio: 2012 será ano de turnê do Los Hermanos!”, escreveu o músico, em seu blog no portal G1.
Até o momento, além do Recife, estão confirmados shows no Rio, São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Porto Alegre. As datas e locais das outras apresentações ainda não foram definidos."
Das lições do vento...
Prefiro estudar o vento e aprender com as flores.
Ouvir atento o que o mar tem pra me dizer e escutar quietinho as histórias que as árvores têm pra me contar.
O que é mesmo que estás tentando entender?
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Aos que escrevem...
Amor
Aprender a olhar
Caetano - Na asa do Vento
domingo, 20 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Pare de olhar pra o que brilha vazio aos seus olhos: isso não irá lhe fazer feliz.
Procure o que faz bem e faz seu coração sorrir com calma.
Torne-se amigável, agradável e interessante.
Primeiro, consiga ficar bem com você mesma.
A felicidade é apenas o reflexo de boas escolhas, e suas escolhas dependem apenas de você.
Escolha a saúde, a calma, a lealdade, a honestidade, a sabedoria e os sentimentos que elevam.
Esforce-se menos na acadêmia, e use esta energia toda pra se tornar alguém melhor.
Pare de apontar tanto, culpar tanto e assuma a responsabilidade por suas próprias frustrações.
Amargura é amargo e os beija-flores querem a doçura das flores.
Seja mais amável, mais gentil, mais tolerante!
Voz aguda reclamando dói aos ouvidos.
Voz aguda dizendo boas palavras é música que todos querem ouvir.
Deixe que a verdade vá limpando como água toda maquiagem que ainda lhe resta!
Mantenha a cara limpa, a alma pura e seja apenas você mesma.
Seu brilho já é seu!
Sua luz já é sua!
Então, seja transparente e verdadeira que, com toda certeza, seus verdadeiros espelhos logo, logo encontrarão você!
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Inveja
Disciplina
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Vai ser
sábado, 12 de novembro de 2011
Antes de morrer se vive
"O óbvio, Lóri, é a verdade mais difícil de se enxergar" (Salve Clarice)
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Donzela!
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Solidão e Solitude - OSHO
Após entrar em sintonia com sua solitude, você pode se relacionar. Então, seu relacionamento trará grandes alegrias a você, porque ele não acontecerá a partir do medo. Ao encontrar sua solitude, você pode criar, pode se envolver em tantas coisas quanto quiser, porque esse envolvimento não será mais fugir de si mesmo. Agora, ele será a sua expressão, será a manifestação de tudo o que é seu potencial.
Porém, o básico é conhecer inteiramente sua solitude.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Qualquer semelhança é mera coincidência
Tem-se dito pelos que defendem o convênio entre a USP e a PM que não se pode tratar a Cidade Universitária como algo que está fora da cidade de São Paulo. A própria reitoria tem feito discursos nesse sentido. E é verdade: a USP faz parte do território paulistano, paulista e brasileiro, mesmo sendo uma autarquia. Ter autonomia, afinal, não é o mesmo que ter soberania.
Agora, se a Cidade Universitária está sujeita a todas as leis municipais, estaduais e nacionais e deve ser tratada como qualquer outra parte do território, por que ela se fecha – material e intelectualmente – ao resto da sociedade? Por que a mesma reitoria que agora afirma a não-soberania da USP teve o poder, há alguns anos, de vetar a construção de uma estação de metrô dentro do campus? Por que em uma universidade pública, financiada pela sociedade, esta mesma não pode usufruir de seus espaços livremente sem uma carteirinha?
A USP virou uma terra de autonomia seletiva. Na hora em que convém a determinados interesses, há sim bastante autonomia para afastar a “gente diferenciada” que viria de metrô para dentro dos muros da universidade. Mas na hora em que não interessa, a autonomia some e o “campus é parte da cidade”. O discurso da segurança serve ora para defender o segregacionismo, ora para defender a integração. Aparentemente estamos condenados a sermos eternos reféns das “razões de segurança”.
Seria realmente desejável que os que defendem a integração da Cidade Universitária nesse caso, fizessem-no em tudo mais. Isso porque a Cidade Universitária não deixará de ser uma “ilha” por causa de um convênio com a PM. Deixará de sê-lo no dia em que não for hostil aos que “não possuem carteirinha”. Deixará de sê-lo quando a comunidade São Remo, ao lado da USP, deixar de ser vista como antro de criminalidade ou fonte de mão de obra para os serviços terceirizados da universidade; e passar a ser vista como uma comunidade que detém o direito sobre aquele espaço assim como qualquer outro cidadão, afinal não é a Cidade Universitária um espaço como qualquer outro dentro da cidade de São Paulo?
Acima de tudo, a USP deixará de ser uma “ilha” quando realmente for uma universidade pública, na qual toda a sociedade possa usufruir do seu espaço e o conhecimento lá produzido não atenda apenas às demandas do capital privado – o que é legítimo, mas de modo algum suficiente. O papel da universidade deve superar o Ensino e a Pesquisa. É necessário que haja Extensão, isto é, que se trave um diálogo horizontal entre o conhecimento universitário e o restante da sociedade, em um processo que traga a sociedade para dentro da universidade, e vice-versa, tanto física quanto intelectualmente.
Mais do que uma questão de espaço e jurisdição, está em debate, portanto, o caráter público da USP. É preciso desvincular as discussões recentes de casos pontuais e associá-las a algo muito maior. No limite, a principal discussão não deve ser o convênio entre USP e PM em si, mas a maneira como este se deu e como são tomadas todas as decisões relevantes da política universitária, dentre as quais este convênio é só mais uma.
Ao contrário do que afirma a reitoria, esse convênio não foi decidido por uma “ampla maioria”, simplesmente porque nenhuma decisão importante na USP é tomada de maneira democrática. Novamente reina a autonomia seletiva: a universidade não está acima da lei quando se trata de polícia, mas segue desrespeitanto determinações de leis federais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no que tange aos seus processos deliberativos. Não à toa, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital instaurou, nesse ano, um processo para apurar irregularidades na eleição da reitoria e na disposição dos assentos dos docentes em órgãos colegiados constituintes do colégio eleitoral.
Se o convênio USP-PM encontra suas justificativas no factual problema da segurança, a maneira como ele foi firmado já o invalida por completo. É a mesma maneira pela qual se permite que processos administrativos sejam usados como forma de repressão e controle político. Advêm da mesma estrutura as iniciativas que ilham o Ensino e a Pesquisa desenvolvidos dentro da USP, na qual os cursos pagos e os convênios com grandes empresas são as únicas formas de diálogo com a sociedade.
Recentemente, a Congregação da Faculdade de Direito da USP declarou o reitor João Grandino Rodas “persona non grata”. Reconhecer os problemas da gestão Rodas é, sem dúvida, um passo importante. É fundamental, todavia, entendermos que o reitor que está sob investigação do Ministério Público encontrou na estrutura da própria universidade as possibilidades para assim atuar. Mais do que uma “persona non grata”, há na USP toda uma “estrutura non grata”. E no caso da Cidade Universitária, além da estrutura decisória, também a estrutura física precisa ser rearquitetada.
Quando o diálogo não for mais uma promessa vazia e a democracia uma propaganda enganosa, aí sim a USP poderá deixar seus dias de ilha e autonomia seletiva para trás. A USP não deve mais ser um enorme terreno desértico, hostil e sem iluminação; assim como deve se afirmar enquanto universidade pública à serviço da comunidade. A universidade deve ser permeável à sociedade em sua totalidade, não só no que diz respeito à polícia – cuja atuação e estrutura devem ser questionadas dentro e fora do campus. Só assim, a Cidade Universitária será um lugar muito mais seguro e, principalmente, muito mais útil à cidade que a abriga e aos cidadãos que a sustentam."
Leonardo Borges Calderoni e Pedro Ferraracio Charbel são estudantes de Relações Internacionais da USP em: http://educarparaomundo.wordpress.com/2011/11/07/usp-autonomia-seletiva-de-leonardo-calderoni-e-pedro-charbel/
sábado, 5 de novembro de 2011
As mulheres que me habitam
Mora em mim uma mulher vadia
De pé, vazia
Sozinha na estrada, na esquina
Com frio e quase desnuda
Corpo tão maltratado que quase não sente a dor de ser
Mora em mim uma mulher violentada
Corrompida
Invadida em seu templo, sua casa, sua morada
Ferida na pele e na alma
Por séculos de submissão
Mora em mim uma mulher sertaneja
Carne feita de sol
Pés como raízes, firmes na terra
Ela é filha do fogo que habita o centro do planeta
e de mim mesma
Mora em mim uma mulher que colore
os quadros, os muros, o ar, as fronteiras.
Inquieta, vívida, cabelo de flor.
Sua arte é santa e puta.
Sua vida é de mel e sangue.
Mora em mim a dona dos raios e trovões
Dos ventos que derrubam sonhos
E fazem dançar as árvores mais ancestrais
Porque é ela quem anuncia a guerra
Daqueles que lutam na escuridão da madrugada
Mora em mim a rainha de toda fertilidade
De toda vaidade
E da calma das nascentes dos rios
Se pavão, esbanja beleza.
Se urubu, voa rumo ao infinito.
Moram em mim todas as mulheres do mundo:
E todas elas são mais fortes do que eu.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Síntese da Felicidade
"Desejo a você