quinta-feira, 14 de junho de 2012

Arte



Sem as cores inventadas sem qualquer finalidade, o mundo perde seu espírito.
Sem a arte, o sentido fica perdido.
A piada, pouco engraçada.
O caminho se torna duro demais, pesado demais e muito confuso.
A loucura passa a ser vista com um estado clínico.
O planeta, ao invés de uma bola azul gigante rodopiando no infinito, ganha este nome: planeta.
Uhmmm... Sem graça... Sem vida...
Ahh... que chato!
Não, não, a arte não é um dom, não é um ofício, não é um misterioso conhecimento secreto dos escolhidos.
A arte é um estado de graça.
É uma específica forma de fazer, viver, pensar e enxergar o mundo.
Faz dos processos danças sem qualquer sentido.
Nada vem depois, pois o espetáculo é agora.
É o se ver como um ator ou atriz num lindo e único drama (com começo, meio e fim).
Se o espírito toma a forma de artista, então a vida ganha forma de tela.
Os problemas, os corações partidos, os desafios da vida diária se mostram como atos de uma peça teatral: não existem para atrapalhar, mas para dar sentido ao enredo.
Nem o músico, nem o pintor, nem o poema, o artista é apenas aquele que escolheu viver com arte.

Um comentário:

  1. "A arte é um estado de graça"...!

    Me lembrou Clarice com suas palabras do espírito. Me lembrou Violeta Parra com seu violão, suas cores e seu amor de força.

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