quarta-feira, 24 de março de 2010

Cai a chuva e molha o meu amor...

Peter finalmente anda fazendo o seu trabalho - mandou para cá chuvas contentes - para o descontentamento de quem tira proveito do calor (o queijinho da praia, o picolé capelinha, a lojinha de biquíni), coitados!
Em poucos dias o clima pseudo-invernal tomou conta da cidade, das pessoas e, principalmente, dos blogs. Os tons estão mais sombrios, os perfumes mais encorpados e as comidinhas mais quentes; também estão preferindo o licor a cerveja, a vá!
'Tô' quase acreditando que está mesmo esse frio todo.

Os agasalhos saem prontamente dos armários ainda cheirando a mofo para deixar as pessoas mais elegantes, porém menos alegres - todos os arroubos humanos parecem se conter dentro de tanto 'pano'. Aliás, o momento que cai a chuva é a hora exata de emergir nossas vontades européias: a sobriedade inglesa, o fondue francês, a literatura alemã, o vinho do porto...
E as pessoas? Caem num poço introspectivo, parecem escolher as palavras, descansam em seus próprios pensamentos; enfim, sem mais aquelas conversas barulhentas de verão, onde todos querem sobrepor sua fala. Agora, escondem-se enquanto outros falam timidamente ou então entregam intimidades em blogs (notei uma grande escalada de produção em blogs de amigos).
No inverno (ainda estamos no outono) mudam-se os planos. Nem praia, nem academia, a 'pegada' agora é ir ao teatro e ao café da livraria. Ficamos mais cultos no inverno? (Sem hipocrisia) Mais pseudos, garanto que sim.

- Vou ficar em casa, ler um livro, tomar um chá, jogar buraco, assistir um filme... europeu, é claro.
- Hum hum, ok!
Se esta teoria estiver certa, sorte a minha! Próximo semestre pego oito disciplinas que acabam antes do 'emburrecimento' do verão.
Neste período as pessoas também estão mais propensas ao relacionamento sério. E nesse friozinho (imaginário) quem não quer ter alguém 'pra' dormir juntinho, fazer comidinha pro amor, cuidar do amor. Desejo legítimo! Tragam mais vinho para nós! E casado com a erudição momentânea trazida pela chuva (e pelo vinho) falar/escrever sentimentalidades pro amor é o mínimo.

Portanto, aproveitem o inverno, amiguinhos! Ele é elegante, é culto, é romântico e, acima de tudo, não faz a gente suar.

6 comentários:

  1. Kel!Muito bom seu texto estreia!=D
    Diria que ele está a sua cara: seu modo de escrever, seu modo de pensar...Adorei!

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  2. Adorei! Sua prosa é uma poesia!

    É, essa coisa de suar o tempo todo é mesmo um saco...

    :p

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  3. Perfeito Kelly, sua “teoria” está completamente correta. O ambiente determina estados mentais/espirituais. Se observarmos os movimentos da Natureza, o que ela quer de nós, nada dá errado. É saber ser uma folha dançando conforme o vento. Esta é uma sabedoria fundamental. Sejamos como folhas dançarinas! :D

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  4. eu acho que devapi tá se jogando...rsrsrs

    muito bom kellyzinha...

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  5. Huahuauhuauhahua. É o quê, Cotra...

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