sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

No apagão o céu!


Na Babilônia o breu,

No coração o teu,

E um apropriado jantar a luz de velas,

Numa grata sortuda certeza,

De que tudo acabará bem!

Revela a beleza escondida,

Na sacada de uma varanda boa,

Um lindo céu estrelado predomina,

E paira sobre as nossas cabeças,

Estrelas passam desapercebidas,

Inebriadas pela cortina de luz que escoa,

E conduz os nossos sonhos pro abismo.


Só assim, eu sou capaz de sonhar,

Quando de repente a luz se apagar,

E o céu todo inceder, reluzir, ferver,

E a noite que antes deslizava fria,

Agora passa à aquecer corações,

Reluzir esperanças, fever multidões,

Pois, só assim, eu sou capaz de sonhar,

Quando o tempo parar pra ouvir,

De olhos fechados sentir,

O calor do raio de luz,

Que desce até a beirada,

E cobre de energia os nossos apagões.


Só assim eu sou capaz de sonhar,

Minha cabeça girar e viajar

Só assim eu sou capaz de sonhar,

Bem pra longe da babilônia...la lalá lalá...

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