quinta-feira, 14 de abril de 2011

O conforto produtivo para concurseiros.


A forma mais eficiente de se fazer qualquer coisa que demande resistência é seguindo o princípio do conforto produtivo, entendido como o empenho máximo (dar o máximo de si) que não ultrapasse o ponto do confortável.

Assim, se você quer ir de Salvador à Moreré de bicicleta não pode pedalar pesado demais (porque senão você irá ter uma lesão, fadiga etc), nem ser lento demais (porque senão chegará à noite e você estará no meio do nada). A idéia é aplicar uma quantidade de energia no pedal que seja forte, mas que não lhe gere desconforto. Ao pedalar, você deve pensar: “Bom, posso ficar várias horas neste ritmo que é de boa”.

Pois bem, concurso público e cicloturismo guardam esta semelhança (acho que só esta mesmo :D ). Se seu ritmo está forte demais, você não está sentido prazer, está irritado, chateado, engordando muito, então você está estudando acima do conforto produtivo. Diminua o ritmo, observe outros aspectos da sua vida, gaste um tempinho lendo um livro de ficção, vendo um filme bobo, escrevendo sobre outras coisas. Pense em outras coisas. Não se torne obsessivo, doente, louco por nada nesta vida.

Sua rotina só estará de acordo com o conforto produtivo se você pensar: “Bom, posso ficar nesta vida por vários anos que é de boa”.

Veja bem, a regra do conforto produtivo não se aplica em outras situações. Se você está pedalando na rua, então violará o conforto produtivo para ultrapassar um carro lento, um ônibus parado, ou para passar um sinal. Da mesma forma, é de boa violar-lo se faltam apenas 10 ou 15 dias pro seu concurso. O único perigo é você transformar a excepcionalidade em regra. Então, não faça isso.

Cuide-se.

8 comentários:

  1. kkkkkk

    O cosmos se adaptando...

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  2. É preciso atentar para o pulo do gato.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Rafa, eu devo discordar. O sacrifício é algo de grande valor e que, segundo me consta, tende a ser recompensado pelo universo.

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  5. "O sacrifício é algo de grande valor e que, segundo me consta, tende a ser recompensado pelo universo."

    Nada que eu disse contraria isso, Devas: "empenho máximo (dar o máximo de si)"

    O conforto produtivo só diz que você não pode transformar este empenho em algo desconfortável, insuportável, A LONGO PRAZO.

    É a justa medida. Com bicicletas isso fica mais fácil de compreender, porque o abuso leva logo à exaustão, fadiga e, portanto, à queda de desempenho. É físico, é o corpo que irá parar.

    As consequências do abuso de um concurseiro são mais sutis, mas de manifestação igualmente certa. Ninguém que vive um vida insuportável conseguirá viver esta vida por muito tempo. É necessário oxigenar, variar, não bitolar e não se tornar obsessivo. Não só para que você seja mais eficaz a longo prazo (e será), mas também porque a saúde mental, o bem-estar espiritual, não é um bem que se possa ficar barganhando, desrespeitando.

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  6. A questão é que "conforto" e "empenho máximo" me parecem conceitos contraditórios...

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  7. Devas, veja a postagem original: http://cosmosedamiao.blogspot.com/2011/01/do-conforto-produtivo.html

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