sábado, 30 de janeiro de 2010

Trabalho repetitivo + escassez de batata = falta de criatividade


Estudos e pesquisas avançadas de uma das Universidades mais conceituadas da Jamaica, após o desenvolvimento com experimentos e contrates fluorescentes, descobriu que trabalhos repetitivos e cansativos desestimulam a criatividade dos animaias.

Isso quer dizer que a pessoa tem a criatividade reduzida ou quase esgotada quando assim não a estimula. Assim como um músculo atrofia ao não ser tracionado, a criatividade também atrofia se não for minimamente forçada a trabalhar repetitivamente.

Descobriram os cientistas, que a parte do cérebro que estimula a criatividade está alucinadamente relacionada com a parte que desempenha as funções programadas, condicionadas, ou seja, repetitivas. Porém um leve toque e as duas partes trabalham como se uma só fosse.

O grande obstáculo da equipe de rastafáris é justamente tentar combinar substâncias a fim de desvendar o toque, o segredo do trabalho criativo. Com o objetivo de ter o perfeito domínio sobre o interruptor da criatividade desenfreada.

Um dos indicativos dos testes efetuados, é que um possível comunicador entre essas duas partes do cérebro que trabalham autonomamente, mas que juntos detêm um poder grandioso de disseminar idéias legais pelo mundo, é a batata.

Rica em carboidratos e potássio, a batata é uma forte aliada em introduzir criatividade na cabecinha das pessoinhas. Acrescida de sódia, a batata pode se tornar um neuro-transmissor potentíssimo, capaz de interligar os quatro cantos do cérebro e de triplicar fenomenalmente as quantidades de insites, afinal de contas todos já ouvimos falar das bombas de sódio e potássio.

O que nos faz concluir e pensar, que a batata frita ou àquela velha Ruffles "a batata da onda", seriam a breve salvação dos problemas de falta de criatividade no mundo. Antagonicamente pensando e falando sem perder o fôlego, a sua escassez seria o caos para as empresas de comunicação e demais profissões envolvidas com criatividade, como por exemplo, toda a cultura do mundo.

Talvez os cientistas jamaicanos estjam certos e isso explicaria como os norte-americanos são tão criativos para produzir tanta merda ou simplesmente porque o blog anda tão desmotivado.

...

Das duas, uma só: comamos batata!


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Noite Feliz?

Jesus não é um Pateta! - Paulo Fradinho

Há quase 50 anos me deparo com este mesmo dilema:
Expressar amor, gratidão, votar aos familiares e amigos que tenham dias melhores e um futuro onde todos os desejos se realizem... ou falar do meu desapontamento pela forma como comemoramos o "Natal"! Recebo quase diariamente lindas mensagens exaltando as maravilhas do espírito humano, e quase me esqueço da nossa "desumanidade"...
Mas então, Jesus, o 'manso', 'o cordeiro de Deus', adentrou os templos e expulsou aos gritos e safanões aos vendilhões e aos criadores de animais para sacrifício...
Disse: "Eu vim para trazer a espada, não a paz.."
Sintomático.
Embora hoje me pareça clara como o dia, esta afirmação de Jesus perdurou em mim como um mistério por muitos anos. Se a "paz" é o 'manto' sob o qual se escondem as iniquidades da espécie humana...opção (a), escolherei a espada!...e portanto, não vos desejarei a "paz".
Assim que juntar os ponteiros, o relógio vai bater meio-noite e vamos nos abraçar, estourar fogos de artíficios, trocar afagos e presentes, e dar continuidade aos 'ritos natalínos'...
Nos debruçaremos sobre a mesa farta de produtos que seguiram uma rota sinistra ( de horror e de lágrimas ) para tingir de vinho e sangue o branco das nossas toalhas. Isto porque uma parte dos convidados já chegaram mortos, e até onde sei não tiveram oportunidade de se defender, o que era de se esperar, afinal de contas os carrascos foram muito bem pagos, e até publicidade em rede nacional fizeram com o dinheiro que lhes compramos o "serviço"! Um brinde ao mundo "civilizado"!
Oh, podem ficar intrigados comigo, eu não ligo, pois também estou intrigado convosco mas por motivo diverso, evidentemente.
Sabe, há uma fileira imensa de pessoas que trabalharam na sua comida até ela chegar no seu prato; e o problema é que algumas delas ainda estão, dos pés à cabeça incluindo-se aí suas consciências entorpecidas, manchadas com sangue de seres que lutaram por suas vidas até o último suspiro!!
E acontece que eles perderam, infelizmente!
...mas, e vocês, eu pergunto: ...ganharam o quê?!
E esta é a miseria da condição humana, fruto obscuro de escolhas igualmente funestas!
Se alguém me dissesse que o tênis que uso para caminhar é fruto da exploração, estupro e assassinato de crianças, falaria a todos sobre esse horror, jogaria os calçados no lixo, faria uma campanha contra o fabricante e sem dúvida, passaria a usar outra marca!
Mas então relato às pessoas um fato real e cotidiano; o que elas comem é fruto da exploração, estupro, tortura e assassinato de milhões de animais que sofrem horrores desde o dia em que nascem; que suas mortes são trágicas e tremendamente sofridas; que isso ocorre todos os dias e continuará ocorrendo até que elas, as "pessoas", se tornem conscientes e parem de consumir animais!
Mas aí vem faceiro...o "Natal"!
E, por ocasião do nascimento de Jesus, o filho de Deus.... músculos, tendões e farrapos gordurosos de animais açoitados, torturados, fritos, enfarinhados, enforcados, assados, asfixiados, ensopados, torrados, decapitados, chamuscados, espetados, esburacados, esfumaçados, esfaqueados, cozidos e carcomidos, ingredientes de uma estranha alquimia que transformará ouro (...vida) em chumbo! ( ...façam a imagem que desejar!) E uma amiga escreveu irônicamente sobre "comemorar".
Sim, comemorar o quê, eu pergunto, quando deveríamos lamentar?! Deveriamos ir às ruas e escancarar o horror, o massacre, e denunciar este verdadeiro holocausto animal!
"hum, mas este cordeiro está muito macio!!"
Pudera! Após uma sequência de facadas, torções e fraturars expostas, era de se supor que ficasse nesse estado! Uma criança submetida a um tratamento idêntico ficaria igualmente "apetitosa", eu suponho!
Ah, e as orações?
Sim, fazemos pedidos e orações ao Senhor!
Senhor, nos proteja!
Senhor, não nos abandone!
Senhor, livrai-nos de todo mal
Senhor, salve as nossas vidas!
E o mundo vai muito bem obrigado!
Mas, a "má" notícia é que...Jesus não é um Pateta!!!!!!!!!!
ELE sabe o que vai acontecer no dia do seu aniversário!
Quer apostar?
"Temo pela minha espécie quando penso que Deus é justo."
Thomas Jefferson

Prisão nossa de cada dia (1)

Escola(Foto: jornal A Tarde de 14 de janeiro de 2010)

Os Doutores e as Cores

No cinza daquela época, andavam-se esquecidos os pequenos detalhes luminosos das coisas vivas, mas quando a Grande Escuridão tomou conta de tudo, passou-se a enxergar-los novamente. Era um brilho multicolorido tão interessante aos novatos naquela nova percepção que foi um entusiasmo geral. Criaram estudo a respeito: a Multiluminosiologia.
Agora, quem entendesse qualquer coisa sobre o significado daquelas magníficas cores tornava-se doutor, e foram muitos os doutores que apareceram. Os fundamentos básicos foram catalogados, classificados e dissecados, mas como era de se esperar, as conclusões nunca andaram na mesma direção.
Doutores do azul diziam que o amarelo e o verde não eram tão significativos assim. Os doutores do vermelho, do rosa e do lilás criaram corrente, e os adeptos dos tons pastéis deixaram todos enfurecidos quando disseram que apenas a suavidade é que importava.
Naquela grande confusão dos doutores das luzes, um rapazinho corajoso acendeu a Luz e pôs fim a Grande Escuridão. Frustrados com toda aquela claridade, os doutores criaram religiões, seitas e ciências, deixando aos meninos, loucos e sonhadores o esquisito trabalho de contemplar os pequenos detalhes luminosos das coisas vivas.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

da série: entre Atómos e deus (6)

Corpo de Lama (Chico Science - Jorge du Peixe)

Este corpo de lama que tu vê, é apenas a imagem que sou.
Este corpo de lama que tu vê, é apenas a imagem que é tu.
Que o sol não segue os pensamentos, mas a chuva mude os sentimentos.
Se o asfalto é meu amigo eu caminho, como aquele grupo de caranguejos, ouvindo a música dos trovões.
Essa chuva de longe que tu vê, é apenas a imagem que sou.
Esse sol bem longe que tu vê, é apenas a imagem que é tu.
Fiquei apenas pensando, que seu rosto parece com minhas idéias.
Fiquei lembrando que há muitas garotas em ruas distantes.
Há muitos meninos correndo em mangues distantes.
Essa rua de longe que tu vê, é apenas a imagem que sou.
Esse mangue de longe que tu vê, é apenas a imagem que é tu.
Se o asfalto é meu amigo...
(Deixar que os fatos sejam fatos naturalmente, sem que sejam forjados para acontecer.
Deixar que os olhos vejam pequenos detalhes lentamente.
Deixar que as coisas que lhe circundam estejam sempre inertes, como móveis inofensivos, pra lhe servir quando for preciso, e nunca lhe causar danos morais, físicos ou psicológicos)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Não te amo mais.
Estarei mentindo se disser que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
não significas nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

OBS: Agora lê de baixo para cima. Pura arte...




CLARISE, O AMOR É DEMAIS !!!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Mas, Mô...


Mas, Mô, veja quanta besteira:
tão dizendo que a gente não fica junto,
que neste mundo amor não existe,
que é tudo tolice, conto de fadas.

Acham que já têm a receita:
o menino conhece a menina,
beija na boca, faz ousadia, procria
e, num certo dia, perde o medo da chuva
e vai embora.

Mas, ora, não criticam tanto as bíblias
que já dão as respostas de pronto?
Então por que querem definir nosso destino,
dizendo que na minha mudança
você não tem seu lugar?

Ah, já tô cansado de tudo isso,
desta moda dos novos conceitos,
aprendidos nos livros da moda.
Esse povo, Mô, precisa parar de ler tanto,
repetir tanto e se deixar levar.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Verdade Tropical

"Lembro com muito gosto o modo como ela se referia a ele. Pelo menos ela o fez uma vez e isso ficou marcado muito fundo, dizendo: Caetano, venha ver o preto que você gosta. Isso de dizer o preto, sorrindo ternamente como ela o fazia, o fez, tinha, teve, tem, um sabor esquisito, que intensificava o encanto da arte e da personalidade do moço no vídeo.
Era como isso se somasse àquilo que eu via e ouvia, uma outra graça, ou como se a confirmação da realidade daquela pessoa, dando-se assim na forma de uma bênção, adensasse sua beleza.
Eu sentia a alegria por Gil existir, por ele ser preto, por ele ser ele, e por minha mãe saudar tudo isso de forma tão direta e tão transcendente. Era evidentemente um grande acontecimento a aparição dessa pessoa, e minha mãe festejava comigo a descoberta." (Caetano Veloso)

da série: entre Atómos e deus (5)


Em pouco tempo, os físicos quânticos provarão Deus. Criarão uma equação mágica, perfeita e simples que explicará tudo.
Neste dia, os livros de filosofia serão jogados fora, os telescópios serão usados apenas pra divertir crianças, os religiosos perderão seus empregos e as guerras santas acabarão.
Então, os alquimistas deixarão seus jalecos nos laboratórios frios, colocarão confortáveis sandálias e, assistindo um pôr-do-sol bem bonito, dirão: perdemos tempo demais!

Aqui na minha vila...

Aqui na minha vila ninguém fala jamais. Meu pai, o delegado, foi quem determinou. Disse certo dia: a partir de hoje jamais se voltará a pronunciar, escrever ou pensar em jamais. Ninguém questionou, pois era uma ordem muito clara e nunca se contrariava meu pai.

Não sei explicar direito o porquê, mas depois deste dia coisas estranhas aconteceram: cegos começaram a pintar lindos quadros, surdos montaram banda de música, Jorginho – o menino mais feio daqui – beijou Luana, Miriam e Isabel, Maria deixou o prefeito e fugiu com Norma, Felipinho – o doido – começou a ser entendido, explicando inclusive os mistérios mais difíceis, que nem os padres, advogados e médicos entendiam.

Tudo ganhou um estranho ar de possibilidade.

O Vento



Ainda sinto...
Ainda sinto você...
Sussurrar ao meu ouvido;
Me dizendo coisas lindas;
E eu ficava muito relaxado...
Apenas sentia, ali, quietinho...
Apenas sentindo...todas as sensações que você é capaz de me fazer sentir;
Sem contar todas as vezes que você me fez sorrir;
Ao beliscar minha barriga distraída;
Ou ao se bater sem querer no meu rosto...ficando tímida em seguida...

Ah! Só você é capaz...
De delinear perfeitamente as ondinhas do meu mar;
De me embreagar do gozo;
E fazer tudo o que está a minha volta balançar...
Posso até ouvir, nesse momento, aqui, no íntimo, bem baixinho...
O sacolejar das palhas;
E se estiver contigo, numa sombra então...um abraço;
Incansavelmente você me faz carinho...e fico ali...
Estagnado...
Esperando a próxima brisa passar;
Pra fazer balançar tudo de novo...

Pois só você é capaz de desenhar a nossa paisagem;
Só você é capaz de me fazer sentir estar dentro de um lindo quadro;
Marcado pelo compasso do vai e vem da sua vontade...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Feliz ano novo!


Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.

(Drummond).

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Luz! Luz! Luz!



Num passado remoto, as pessoas (antigos seres humanos, dotados de polegar opositor e inteligência articulada) viviam submetidas a uma união entre corpo (conjunto de células emoldurado em tecidos e consequentes órgãos) e mente (como se denominava o raciocínio, ou seja, atividade não-física, como pensamento, sentimento etc.). Tal mente (ou inteligência) se alojaria rigorosamente na parte alta do corpo, formada pela cabeça, mais precisamente mesclada ao que se chamava cérebro. Todos esses seres viviam segundo um egocentrismo inarredável, acreditando (invariavelmente) que o diálogo de si para com o cosmos (e até simplesmente para com os demais seres da mesma espécie) era sempre de gente-a-mundo (ou gente-a-gente, em cada caso).

Aos poucos, e muitíssimo lentamente, a evolução natural da espécie humana foi fazendo com que os homens (e mulheres, como eram chamados aqueles seres com o sexo oposto, tomando-se por parâmetro o masculino, como costumava ser) fossem depositando as suas mentes no cosmos, meio que inconscientemente (acreditavam eles, pois em verdade foi o maior "trabalho mental" que realizaram) e, ao fim, passaram a viver em dissociação corpo-mente.

Fincados no (s) planeta (s) permaneceram apenas os corpos, sem as mentes (embora ainda com cérebro). Do alto, as inteligências percebiam (pois não tinham olhos, que era corpo, para ver) os movimentos corpóreos automáticos (possivelmente agora seriam tidos como irracionais). As mentes então se perderam, já não podiam saber a que corpo originariamente pertenceriam, o que, em verdade, já não importava.

Os seres humanos, finalmente, chegaram ao estágio evolutivo dos animais, plantas e seres abióticos, os quais há muito já viviam apenas por instinto natural, em harmonia jamais lograda pela espécie humana, e até bastante atormentada por esta última.

As inteligências todas misturadas, daqui do alto do Universo foram aos poucos formando os astros luminosos a que os próprios humanos chegaram um dia a chamar de estrelas. E a microvida planetária passou, enfim, a caminhar numa logicidade "racional", agora que já não se pretende interferir com inteligência na ordem natural da condição humana.

World Of Liberty and Freedom

www.wolf.com

domingo, 3 de janeiro de 2010

RECEITA DE ANO NOVO - Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;

novo

até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens

(planta recebe mensagens?

passa telegramas?)


Não precisa

fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumadas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados, começando

pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.


Não importa,
continue verdadeiro pra você mesmo.