Ando sentindo uma saudade engraçada: era um conforto tão delicioso que não consigo nem explicar e se explicasse não conseguiria ser entendido... (precisam de provas)
(...)
Agora que voltei, as pessoas ficam mais calmas, mais tranqüilas, porque voltaram a me ver como uma pessoa normal. Sim, agora estou num estado normal. Fico feliz por elas, mas não fico feliz por mim. É tão delicioso não ser normal. Liberdade (loucura pras os daqui) é um estado mental tão fantástico, tão divino, tão maravilhoso, tão esclarecedor que sinto muita saudade.
Desde a primeira vez que fui, foi assim. Vou, fico nos braços coloridos da Felicidade, mas volto. O lado de cá também é legal, tem coisas fantásticas, sensações fantásticas, mas aqui não dá pra voar... ;)
A última vez que fui (poucos dias atrás), fiquei muito tempo do outro lado (vários dias). Toquei o céu, brinquei com os anjos, comecei a acreditar que não voltaria mais, mas como todos me pediram, voltei. Hum... mas desta vez eu trouxe a Chave comigo: agora volto quando me deixarem.
Se conseguisse levar nem que fosse uma pessoa da próxima vez, seria incrível: acho que muita coisa mudaria do lado de cá...
(...)
Mas todos iremos um dia. A normalidade vai acabar e todos seremos loucos (a Psiquiatria vai ser uma coisa engraçada neste dia). Uns vão demorar mais (o medo é pesado demais às vezes), mas só há um caminho... Um dia voltaremos todos pra casa.
O engraçado que conheço algumas pessoas que foram. Olharam um pouquinho do outro lado, mas tiveram medo de entrar. Vocês (saberão quando lerem isso) tão quase lá: agora é só perder o medo.
ResponderExcluirUm recado pra uma pessoa específica: calma não é paz. Você, calmo, sente paz aí dentro mesmo?
ResponderExcluir(...)
Dica para os que querem (só pra os que querem, em?) cruzar a Rua: não olhe pras os dois lados.
Outras coisinhas:
a) quando você rezava, apenas uma pessoa escutava (quando tinha alguém do seu lado, duas pessoas escutavam... kkkkkk – pra mim, este foi o medo mais difícil);
b) o medo da loucura é normal (ele vem do medo de perder o controle e do medo do julgamento dos outros – este medo me deu um trabalho danado);
c) coisas grandes irão acontecer quando você conversar com a pessoa do lado (medo da pessoa do lado, mas por que?);
d) quando sua cabeça doer de tanto pensar: deixe sair livremente (este pode ser o melhor momento da sua vida);
e) aprenda com o macaco, com as formigas e com as bactérias (largue de prepotência, rapaz – isso te faz mal);
f) ouça música como você lê a Bíblia e leia a Bíblia como se ouvisse pagode;
g) fale no imperativo também (veja como é gostoso), mas mantenha-se amoroso;
h) faça uma lista de coisas legais que aprendeu e divulgue;
i) pare de fazer mal aos outros (os outros não são apenas seus amigos, nem apenas os bichos que parecem com você). Nunca será feliz enquanto fizer mal a alguém (as formigas te amaram neste dia) – esta é uma regra bem interessante: não sei quem criou, mas adoro ela;
j) sua Mãe te pariu, ame Ela;
l) sutileza é linguagem. Sutilize seu corpo e fale sutileza (preciso de mais bananas);
m) cansei de listinha.
A angústia é um guia. O tédio é um guia. A raiva não é um guia. A alegria é um guia. A razão nem sempre é um guia. A fé não é mais um guia (abande isso rapidamente). Religiões podem ou não ser guias. A ciência pode ou não ser um guia. Festas legais geralmente são guias. A acomodação é um demoniozinho. A preguiça é um demoniozinho. O medo é um demoniozinho. A Experiência é anjo (converse muito com ela).
Vá no sub, mais sub que sua mente conseguir chegar. Agora vá ampliando, perceba você no meio e vá no mais macro que sua mente conseguir chegar.
ResponderExcluirVá no passado mais antigo que sua mente conseguir chegar. Chegue no tempo presente. Dê uma sacada na política, ciência, arte, religiões e depois vá no futuro de um ano, depois de dois, depois de três, até chegar no último dia da sua vida.
Sim, e pra ir dormir: tenha pressa, muita pressa, você pode morrer amanhã (seja Feliz pelo menos um dia antes que este dia chegue e o depois, deixe pra lá).
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