Uma estatística que vi há um tempo – não me recordo nem onde nem quando – denunciava que, na Alemanha, a taxa de suicídio dobrava quando o Natal se aproximava. Espantado com esse dado, peguei-me tentando descobrir a razão pela qual justamente na data em que boa parte da população parecia ficar mais feliz (embora artificialmente, diga-se), justamente nessa época havia o maior número de suicidas. Como decifrar esse aparente contra-senso?
Eu, chato que sou, me propus (porque ninguém merece “propus-me”, né, Rafa?) - me propus a solucionar o mistério.
Os resultados das confabulações de mim para comigo apontaram para uma tese que, a meu ver, - e por mais pretensioso que soe - consegue resumir todo o estilo de vida ocidental; vamos, superficialmente, a ela: a obrigação de ser feliz.
É a insuportabilidade da obrigação de ser feliz que leva os alemães ao suicídio durante o Natal!
E por que no Natal mais que em outras épocas?
Ora, por razões óbvias: nos festejos natalinos a felicidade se mostra mais explícita, ou melhor, as pessoas se preocupam em demonstar que são felizes mais que em outras datas. Sorrisos estampados nos rostos, presentes, árvore, ceia, tudo a compor um cenário perfeito para a felicidade – felicidade precisa de cenário?
“Reunir a família, cear, trocar presentes; pra mim, isso é felicidade”.
Isso é felicidade? Felicidade é?
A felicidade enquanto meta me parece absurdo! Uma busca a la Indiana Jones, meio sem rumo, meio sem objeto. E a qualquer momento, se não correr o suficiente, você pode ser esmagado por uma pedra gigantesca – dinheiro, casamento, carro, viagem! Ter que ser feliz é realmente insuportável.
Se é caminhando que se faz o caminho, por que não simplesmente viver o agora?
“Nós não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir.”
Na contramão do mundo, eu berro: abaixo a felicidade!
A felicidade mata alemães.
Eu, chato que sou, me propus (porque ninguém merece “propus-me”, né, Rafa?) - me propus a solucionar o mistério.
Os resultados das confabulações de mim para comigo apontaram para uma tese que, a meu ver, - e por mais pretensioso que soe - consegue resumir todo o estilo de vida ocidental; vamos, superficialmente, a ela: a obrigação de ser feliz.
É a insuportabilidade da obrigação de ser feliz que leva os alemães ao suicídio durante o Natal!
E por que no Natal mais que em outras épocas?
Ora, por razões óbvias: nos festejos natalinos a felicidade se mostra mais explícita, ou melhor, as pessoas se preocupam em demonstar que são felizes mais que em outras datas. Sorrisos estampados nos rostos, presentes, árvore, ceia, tudo a compor um cenário perfeito para a felicidade – felicidade precisa de cenário?
“Reunir a família, cear, trocar presentes; pra mim, isso é felicidade”.
Isso é felicidade? Felicidade é?
A felicidade enquanto meta me parece absurdo! Uma busca a la Indiana Jones, meio sem rumo, meio sem objeto. E a qualquer momento, se não correr o suficiente, você pode ser esmagado por uma pedra gigantesca – dinheiro, casamento, carro, viagem! Ter que ser feliz é realmente insuportável.
Se é caminhando que se faz o caminho, por que não simplesmente viver o agora?
“Nós não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir.”
Na contramão do mundo, eu berro: abaixo a felicidade!
A felicidade mata alemães.
hahahaha
ResponderExcluirBoa, Bola:
"A felicidade mata alemães"
Eu viajo que o Alemão deve perceber a força que tem que fazer pra ser feliz assim, em momentos pontuais, e aí vê quão distante tá da felicidade em si mesma considerada.
:P
E como seria essa tal "felicidade em si mesma considerada"?
ResponderExcluirÉ isso. Eu pensei em colocar um parentesezão depois dela, mas desisti: botei a linguinha...
ResponderExcluirEu acho que pra chegar ao ponto de se matar, ou a angústia é muito grande, ou o sujeito percebe que tanto faz viver ou morrer.
Percebendo que a felicidade estampada não gera uma felicidade ideal, o cara fica triste. Percebendo que nem a felicidade ideal existe, o cara fica angustiado. E se mata.
Percebendo que natal, família, carro, felicidade assim, felicidade assado, tristeza, angústia, suicídio, tudo é construção de uma mesma raíz... Aí o cara se mata porque não tá nem aí. Afinal, morte e vida também são a mesma coisa.
Mas derivo. :P
Porra... Nunca vi tanta coisa mal falada, tanta coisa que eu nao concordo, tanto conceito que eu não entendo... E tanta vontade de não explicar... Tudo isso num "texto" meu mesmo.. ahuiahuiahuia
ResponderExcluirBom, Bola... faz pensar!
os alemães também pensam em se matar no natal...que interessante...
ResponderExcluir(e cuidado com seus comentários a respeito de Indiana Jones...recomendo a utilização de outra metafora...)
ResponderExcluir(ah, e esse tal de "Lobo" ai em cima, não entende nada de suicidio...aposto que nunca tentou e fica ai falando um monte de coisas banais...tsc, tsc...)
ResponderExcluirA felicidade mata alemães. Ainda bem.
ResponderExcluirhahahahaha
ResponderExcluir:D
felicidade não se persegue, ela emana do "não perseguir". E que coisa terrível! hoje olhei pra minha árvore de natal, que eu montei. Ela está torta e as luzinhas azuis e verdes não funcionam mais, só as amarelas e vermelhas. Usei fita adesiva pra fixar a base. Ainda assim ela ficou torta. O natal, a cada ano que passa, me soa para mim (para enfatizar que é pra mim) como decadência. Não gosto mais dessas propagandas com chester da sadia. Não gosto mais dessas músicas que tocam por aí, não gosto da cidade enfeitada. O natal pra mim virou, infelizmente, mais uma instituição sem cor nem cheiro. Tudo me soa falso e forçoso. Que horrível. Que horrível que eu virei.
ResponderExcluirSe obriguem à felicidade, sério. Mesmo que ela mate os alemães. Quando a felicidade vira ponto facultativo, fudeu, a gente começa a contestar os enfeites da cidade e as luzinhas qubradas. E Papai Noel deixa de existir.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMinha opinião sobre tudo isso: é muito bom que existam momentos em que a felicidade, o amor e a confraternização se tornem obrigatórias. Força os espíritos acostumados com a mesmice da infelicidade, da não-realização e da contrariedade se angustiarem, se movimentarem, seguirem em frente.
ResponderExcluirSão como momentos de sol num inverno eterno. O alemão, frio, depressivo, vazio, que passa a vida naquele estado deplorável, um dia vê o sol (no caso o natal) e não agüenta tanta luz. O mundo é alegre, feliz, sorridente, as pessoas comemoram símbolos de amor, fraternidade e o nascimento de um sujeito bacana e o alemão lá, todo triste, todo escuro, todo melancólico... então se mata.
O mundo não está errado, o alemão suicida sim. O natal de hoje é todo maquiado com invencionices capitalistas, mas é uma data muito boa. Todo mundo quer ficar perto dos amigos e familiares. Todo mundo se presenteia. O mundo cristão (que é boa parte do mundo) se volta em torno do nascimento de seu maior símbolo, seu grande líder espiritual.
E isso é motivo de grande alegria e felicidade.
Minha teoria sobre a depressão natalina: todo mundo (via de regra :D) adorava os natais de quando eram crianças. Eram momentos em que tudo era muito bom, as pessoas eram felizes (e eram mesmo). Mas nós crescemos, começamos a acreditar que Papai Noel não existe e a partir daí tudo fica meio nebuloso (é uma fase meio estranha que não sabemos explicar direito). Aí crescemos mais, nos ensinam que tudo aquilo é uma farsa capitalista forjada pelo satanás, que a cola-cola é dona do Papai Noel, que Jesus Cristo não existiu e que é uma invenção da igreja pra controlar os pobres medievais, que isso, que aquilo. Um monte de besteira... :D Tentamos desconstruir nossas ilusões com outras ilusões, mas muito, muito, muito mais chatas. E aí o natal vira uma merda.
Prefiro um natal bem legal, sem alemães suicidas, cheio de coisas capitalistas (presentes, mesa farta, amigo secreto), tias falando da bíblia, primos falando besteira e num lugar bem, bem quente (Xique-xique por exemplo :D).
Tinha que existir uma Lei da Felicidade. Em alguns dias da semana seria proibido ser infeliz. Quem reclamasse ou fosse infeliz no dia tomaria uma multa bem grande e o dinheiro seria dado aos felizes.
ResponderExcluirQuem reincidisse demais seria preso ou mandado pra Alemanha pra de junto dos outros infelizes.
Nome do filme: Onde os Infelizes não Têm Vez!!! :D
Frases sobre a felicidade:
ResponderExcluir"Alguns procuram a felicidade, outros a criam." (alguém da orkut)
"O segredo da felicidade é saber cair nas tentações." (Matheus Cotrim)
"A felicidade é um comprimido" (Algum Drogado)
"Os infelizes são ingratos; isso faz parte da infelicidade deles." (Victor Hugo)
"Felicidade é boa saúde e má memória." (Ingrid Bergman)
"Felicidade é uma batata amassada por um sujeito da cabeça grande" (Cosmos e Damião)
"Felicidade é ficar na série B" (algum torcedor infeliz)
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluira melhor é a de Ingrid Bergman...rsrsrsrs
ResponderExcluireu tenho outra aqui: "felicidade é assistir BAVI ano que vem na série B".
"Marco Aurélio procurou a felicidade no amor; Bruto, na glória; César, no poder. O 1o encontrou a desonra; o 2o, o desgosto; o 3o, a traição. E todos foram destruídos." (C.C.Colton)
ResponderExcluir"Claro que podemos viver sem felicidade. 90% do genêro humano vive assim. (J.S.Mill)
"Com ouro e mente viva, quem está infeliz merece sê-lo." (Catherine Bernard)
"Quanto menos necessidades, tanto mais felicidade." (Lichtemberg)
Devapi batendo todos os recordes de participação neste blog...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"Felicidade se acha é em horinhas de descuido" (Guimarães Rosa)
ResponderExcluirJerônimo batendo todos os recordes de chatice...
ResponderExcluirVenceu, Devapi?
ResponderExcluirNãããoooooooo,impossível...
:P