Seu avesso agora era a loucura que outrora chamava de lar.
Não estava mais interessado no fogo e na tempestade.
Percebia claramente que aquilo foi fase, mas que já passou.
Interessava-lhe agora o sossego, o calor que não queima e um ventinho que não chega a dar frio.
Não que tivesse perdido o gosto pela aventura.
Mas é que suas trilhas agora eram outras.
Perseguia desta vez caminhos mais profundos, viagens mais longínquas, que não combinam com tempestade.
Queria um novo tipo de amor e liberdade.
Queria amar sem culpa, sem desculpa, sem pergunta e sem apego.
Queria a leveza, o silêncio e a delicadeza de um amor que não faz sofrer.
Queria estar vazio, mas completo.
Feliz, desperto, saudável, lúcido, constante e forte.
E isto tudo, percebia, não era questão de sorte, mas de determinação interior.
(...)
Naquela época, começava a reescrever seu destino e tentava mudar sua própria história.
Percebia que o avesso é a regra e a única solução era mudar sua própria direção.
E daí que havia nascido torto?
E daí que sua mente sempre o levava para o sentido oposto?
Era ele quem dava as ordens agora.
Pra sua mente ordenava silêncio.
Pra sua aura clamava por luz.
Pra sua face chamava sempre o sorriso e a verdade.
E pro seu coração apenas dizia baixinho: “calma, sinta como agora tudo já está em paz”.
E sorria!
Em resposta: http://cosmosedamiao.blogspot.com/2011/01/dois-copos-e-uma-porcao-de-dignidade.html#comments
Lindo ♥
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