"Acima sou lua
ao lado, pele nua,
por dentro, sou rua,
por fora, sou sua". (Poema XIX).
Eu sou a Santa que pariu Madalena
nasci do ventre do leito do rio
já fui Maria
mas gosto dos poemas
da sacanagem dos meninos vadios.
Tenho um linguajar fálico
para seres um ser de Lacan
estou nas vitrines de Amsterdã
nos porões entre ouro e vidraças
nos prédios velhos, amorfos e praças
escondida enquanto a desgraça me come
na carne me traça.
Não sou louca nem sou pura
Mulher de casa
da rua
da luta
das aventuras.
Cindida na história
das noites escuras.
Recrio os meus traços
refaço a simbologia masculina.
Haverá a glória: ser livre no passo!
Minha sexualidade é universal
sou um projeto omnilateral
ultrapasso as fronteiras da dominação
da propriedade privada patriarcal
quero ser feminina sem endurecer teu pau
e gozar da liberdade de sermos irmãos
pra parirmos a transformação capital.
Bárbara, Bárbara!
Bárbara, Bárbara!
Bárbara, você barbarizou o meu amor,
o meu amor.
Letra e Música: Mario Neto (Menê).
uow! bien venido compañero!
ResponderExcluirEaaaaaa :D
ResponderExcluirSeja bem-vindo companheiro! :D
Enriqueça-nos sempre com suas manifestações!
Ameiiiiiii!
ResponderExcluirBárbara é o barro! E vem transformando nossas vidas...
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