quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Terapia




A mim serviria um divã
quem sabe em uma acolchoada poltrona
proclamasse a meus egos e superegos as frustrações do ser
mais ainda não me cabe...

Quem sabe meditar e buscar-me
em um centro de universo
chamado detenção
e um mar de amor me envolver.
Este, meu cotidiano.

Mas, por vezes, sem nem perceber...
lavar pratos me alivia a alma
não ostento valorosamente bandeiras ideológicas,
não entendo ser oposta a emancipação feminina
nem ao menos curvo-me a servidão
não é apenas um momento de realidade
é ali, uma meditação em casa, na casa física
que contempla meu ser
que as aguas - sagradas da pia -
molham a mente
e reorganizam para o uso
de tão divagada que estava a mente.

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