terça-feira, 20 de outubro de 2009

Exercício: A Bola Branca e o Corpo Celeste Eleito

Numa noite bem estrelada, deite-se num lugar que dê pra ver o céu.

Encontre uma posição bem confortável e dê uma relaxada: respire bem fundo e bem devagarzinho umas 10, 15 vezes.

Se acreditar em alguma coisa boa que não dê pra ver, reze pra ela (serve qualquer coisa).

Pronto, agora vamos começar o exercício.

Olhe por uns 3 segundos para os corpos celestes que mais chamem sua atenção (passe algum tempo fazendo isso).

Eleja o que mais tenha significado pra você (pode ser só o mais bonito, ou o que tenha o brilho mais intenso).

Olhe fixamente para esse corpo, só para ele. Tente pensar só nele (perceba que sua mente é bagunçada demais pra fazer isso por muito tempo, mas se esforce, sem nunca - isso é muito importante - ser rude com sua mente; afaste os outros pensamentos com carinho).

É completamente compreensível ficar com medo nesta hora ou nas próximas fases deste exercício: você está percorrendo estradas até agora desconhecidas. Perceba, no entanto, que você não tem medo do céu, você tem medo de você mesmo. Do silêncio (isso é novo pra você).

Mas, como sabemos que nada de mal pode acontecer conosco neste momento, continuamos (dica: se o medo se tornar insuportável, reze novamente, procure um ponto de conforto em alguma coisa que lhe transmita afeto e segurança).

Afastado (com carinho) o medo, crie uma imagem mental do corpo celeste eleito e feche seus olhos.

Pense por alguns segundos nos detalhes desta imagem, em tudo o que sua lembrança recente guardou dela para você. Faça isso por uns 2 minutos.

Tente imaginar agora uma bola branca, bem, bem branca. Imagine que esta bola é você. Não sua mente, não o seu corpo, tampouco a conjunção das duas coisas. Pense que ela é uma quarta via. Ela é você mesmo, é Você com “v” maiúsculo (se não entender isso, invente, não há problema).

Construída a bola branca, vamos preparar-la para o que vem mais à frente.

Pense que raios de todas as cores, saídos de todos os cantos se dirigem à bola. Atribua significados positivos, porém distintos aos raios (a cor rosa pode ser o amor da sua mãe, a cor verde a amizade dos seus amigos etc). Eles irão proteger a nossa bola branca querida de quaisquer ameaças ou desarmonias (sinta que seu medo está diminuindo, desaparecendo; não há mais nada a temer, já que os raios coloridos estão protegendo a bola branca de todo o mal).

Quando sentir que a bola branca já está preparada, agasalhada e protegida, deixe-a voar: pense que ela está percorrendo o lugar onde você está e que dela você pode ver este ambiente com detalhes (faça isso com calma, gaste o tempo necessário para aprender a observar os objetos e os fenômenos através da bola branca).

Depois de percorrer lugares próximos, mande-a para um lugar bem alto, bem distante. Eu sugiro que a deixe na altura em que os aviões voam. Deixei-a lá por alguns instantes. Tente ver, através da bola branca, a sua cidade do alto (perceba as ruas, os prédios, as casas, os ruídos da noite urbana etc).

Agora, lentamente, faça com que a nossa (sua) preciosa bola vá subindo, subindo... Mande-a para fora da Terra, veja o nosso Planeta (olha que lindo: desta altura, já não ouvimos mais nada). Os problemas humanos ficaram para trás e nós estamos nos afastando deles muito rapidamente. (*)

Perceba que sensação boa. A paz deste momento é realmente imensa, mas ela pode ser ainda maior.

Então respire bem, bem fundo. Sinta (se não conseguir, apenas imagine) que o ar que enche seus pulmões não é ar, mas energia cósmica, que está deixando a bola branca cada vez mais branca (ela, a cada respiração, torna-se mais e mais Você).

Agora, reúna muita, muita, muita (precisa ser uma quantidade realmente muito grande) de energia cósmica na bola e faça-a, em um movimento muito veloz, chegar até o corpo celeste escolhido no começo do exercício. (**)

(*) – este momento é fundamental. Perceba que a bola branca, ao observar o Planeta, já não pertence mais a ele. Ela está fora dele. Ela sabe que ele não é mais a sua casa (apesar de guardar profunda gratidão pelo seu antigo lar). A bola branca mora num “lugar” onde não existe tempo, espaço, inveja, dor, sofrimento, guerra, vontade, orgulho, apego ou quaisquer limitações. Sua casa é o Infinito.

(**) – se chegou até este ponto, já não precisa mais de auxílio algum. Agora é só achar uma posição bem confortável na poltrona, relaxar e gozar a viagem.
(***) - nosso querido Cosmos e Damião fez um álbum no perfil dele no orkut chamado "Alex Gray". As pinturas dele dão uma boa ajudada neste exercício. Ele dá algumas dicas de meditação, fala de diversos temas através da espiritualidade. Os quadros mostram a visão dele da Realidade. Ao ver-los (com muita calma), não enchergue figuras fantásticas, mas realidade pura, os fenômenos em si mesmos. É um grande privilégio ter a oportunidade de ver as obras deste cara.

5 comentários:

  1. Vou experimentar sábado. Posso não estar "sóbrio"?

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  2. Só eu vejo: segmentos de reta ligando estrelas.

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  3. não existe sobriedade! somos todos reféns de substâncias químicas, que vieram de dentro e que vieram de fora. sobriedade, razão, pretensão!

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  4. adorei. vou tentar quando possa. espero lembrar de todas as instruções. só ler já me encheu de paz. =)

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  5. Pode estar do jeito que quiser, Sandro. Se puder faça o exercício nos dois estados pra comparar as duas experiências.


    Marília seja bem vinda! :D
    Me mande seu e-mail pra eu adicionar você.

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