Numa noite bem estrelada, deite-se num lugar que dê pra ver o céu.
Encontre uma posição bem confortável e dê uma relaxada: respire bem fundo e bem devagarzinho umas 10, 15 vezes.
Se acreditar em alguma coisa boa que não dê pra ver, reze pra ela (serve qualquer coisa).
Pronto, agora vamos começar o exercício.
Olhe por uns 3 segundos para os corpos celestes que mais chamem sua atenção (passe algum tempo fazendo isso).
Eleja o que mais tenha significado pra você (pode ser só o mais bonito, ou o que tenha o brilho mais intenso).
Olhe fixamente para esse corpo, só para ele. Tente pensar só nele (perceba que sua mente é bagunçada demais pra fazer isso por muito tempo, mas se esforce, sem nunca - isso é muito importante - ser rude com sua mente; afaste os outros pensamentos com carinho).
É completamente compreensível ficar com medo nesta hora ou nas próximas fases deste exercício: você está percorrendo estradas até agora desconhecidas. Perceba, no entanto, que você não tem medo do céu, você tem medo de você mesmo. Do silêncio (isso é novo pra você).
Mas, como sabemos que nada de mal pode acontecer conosco neste momento, continuamos (dica: se o medo se tornar insuportável, reze novamente, procure um ponto de conforto em alguma coisa que lhe transmita afeto e segurança).
Afastado (com carinho) o medo, crie uma imagem mental do corpo celeste eleito e feche seus olhos.
Pense por alguns segundos nos detalhes desta imagem, em tudo o que sua lembrança recente guardou dela para você. Faça isso por uns 2 minutos.
Tente imaginar agora uma bola branca, bem, bem branca. Imagine que esta bola é você. Não sua mente, não o seu corpo, tampouco a conjunção das duas coisas. Pense que ela é uma quarta via. Ela é você mesmo, é Você com “v” maiúsculo (se não entender isso, invente, não há problema).
Construída a bola branca, vamos preparar-la para o que vem mais à frente.
Pense que raios de todas as cores, saídos de todos os cantos se dirigem à bola. Atribua significados positivos, porém distintos aos raios (a cor rosa pode ser o amor da sua mãe, a cor verde a amizade dos seus amigos etc). Eles irão proteger a nossa bola branca querida de quaisquer ameaças ou desarmonias (sinta que seu medo está diminuindo, desaparecendo; não há mais nada a temer, já que os raios coloridos estão protegendo a bola branca de todo o mal).
Quando sentir que a bola branca já está preparada, agasalhada e protegida, deixe-a voar: pense que ela está percorrendo o lugar onde você está e que dela você pode ver este ambiente com detalhes (faça isso com calma, gaste o tempo necessário para aprender a observar os objetos e os fenômenos através da bola branca).
Depois de percorrer lugares próximos, mande-a para um lugar bem alto, bem distante. Eu sugiro que a deixe na altura em que os aviões voam. Deixei-a lá por alguns instantes. Tente ver, através da bola branca, a sua cidade do alto (perceba as ruas, os prédios, as casas, os ruídos da noite urbana etc).
Agora, lentamente, faça com que a nossa (sua) preciosa bola vá subindo, subindo... Mande-a para fora da Terra, veja o nosso Planeta (olha que lindo: desta altura, já não ouvimos mais nada). Os problemas humanos ficaram para trás e nós estamos nos afastando deles muito rapidamente. (*)
Perceba que sensação boa. A paz deste momento é realmente imensa, mas ela pode ser ainda maior.
Então respire bem, bem fundo. Sinta (se não conseguir, apenas imagine) que o ar que enche seus pulmões não é ar, mas energia cósmica, que está deixando a bola branca cada vez mais branca (ela, a cada respiração, torna-se mais e mais Você).
Agora, reúna muita, muita, muita (precisa ser uma quantidade realmente muito grande) de energia cósmica na bola e faça-a, em um movimento muito veloz, chegar até o corpo celeste escolhido no começo do exercício. (**)
(*) – este momento é fundamental. Perceba que a bola branca, ao observar o Planeta, já não pertence mais a ele. Ela está fora dele. Ela sabe que ele não é mais a sua casa (apesar de guardar profunda gratidão pelo seu antigo lar). A bola branca mora num “lugar” onde não existe tempo, espaço, inveja, dor, sofrimento, guerra, vontade, orgulho, apego ou quaisquer limitações. Sua casa é o Infinito.
Vou experimentar sábado. Posso não estar "sóbrio"?
ResponderExcluirSó eu vejo: segmentos de reta ligando estrelas.
ResponderExcluirnão existe sobriedade! somos todos reféns de substâncias químicas, que vieram de dentro e que vieram de fora. sobriedade, razão, pretensão!
ResponderExcluiradorei. vou tentar quando possa. espero lembrar de todas as instruções. só ler já me encheu de paz. =)
ResponderExcluirPode estar do jeito que quiser, Sandro. Se puder faça o exercício nos dois estados pra comparar as duas experiências.
ResponderExcluirMarília seja bem vinda! :D
Me mande seu e-mail pra eu adicionar você.